Como Campinas se tornou um polo tecnológico
A cidade de Campinas, no interior de São Paulo, sempre teve grande importância para o desenvolvimento econômico, científico e cultural brasileiro. Recentemente, inclusive, tornou-se a primeira cidade do país a ser considerada metrópole sem ser uma capital estadual.
Navegue pelo conteúdo:
- 1. O começo da história - a importância da Unicamp
- 2. A criação do CPqD
- 3. Produção acadêmica e científica
- 4. O Vale do Silício brasileiro
- 5. Conclusão
O começo da história – a importância da Unicamp
O processo pelo qual a cidade se tornou esse polo passa por muitos pontos: a formação e o fortalecimento da Unicamp e a criação do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Telebrás (CPqD) estão entre os principais.
A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) foi criada em 1966, já com a proposta de ser uma instituição moderna e voltada à pesquisa. Como destaca o jornalista Guilherme Gorgulho, as relações políticas do primeiro reitor da universidade, Zeferino Vaz, foram essenciais para o sucesso desse projeto.
Graças aos contatos que Vaz cultivava com alguns membros do governo da época (que era uma ditadura militar), a instituição teve apoio e investimentos para se desenvolver, sendo beneficiada pelo momento de crescimento econômico que o Brasil vivia.
Isso possibilitou tanto o avanço científico quanto a formação de recursos humanos em Campinas. Portanto, a Unicamp é considerada a base que constituiu um contexto atrativo para empresas e instituições se instalarem na cidade.
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A criação do CPqD
Uma das mais importantes instituições a se estabelecer em Campinas foi o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Telebrás. O Centro nasceu em 1976, como empresa estatal que possuía o monopólio dos serviços públicos de telecomunicações no Brasil.
O setor foi privatizado em 98, e o centro se tornou Fundação CPqD, passando a competir no setor de tecnologia da informação e comunicação. Hoje, o CPqD é um dos maiores polos de pesquisa e desenvolvimento da América Latina, e permanece sediado em Campinas.
Produção acadêmica e científica
A Unicamp não é a única grande universidade da região. Além dela, existem a Facamp, a PUCCamp e a Mackenzie, para citar apenas as mais conhecidas.
Com isso, a produção intelectual, científica e cultural da cidade é intensa e abrangente, abarcando setores como o de tecnologia, das artes e das ciências humanas, exatas e biológicas.
Com tantas universidades e, portanto, tantos profissionais qualificados, Campinas propiciou a criação de muitos laboratórios de inovação científica e tecnológica – ligados ou não às universidades.
No âmbito da tecnologia, podemos citar o próprio CPqD, que tem atuação em blockchain, Internet das Coisas e Inteligência Artificial.
Na área biológica, destaca-se o Laboratório de Estudos de Vírus Emergentes (LEVE). Ligado ao Instituto de Biologia da Unicamp, é o único da região com nível 3 de biossegurança, e está sendo utilizado para estudos sobre o novo coronavírus.
O Vale do Silício brasileiro
Campinas é muitas vezes chamada de Vale do Silício brasileiro, em referência ao polo tecnológico da Califórnia (EUA), que concentra empresas como Google, Apple e Facebook.
O apelido foi conquistado por conta da grande quantidade de empresas de software e de inovação localizadas na região.
Aqui, podemos citar desde gigantes multinacionais, como Dell e IBM, até empresas nacionais mais jovens que exercem importante papel no processo de modernização e desenvolvimento do país, como a Caiena.
Conclusão
Campinas é um polo de desenvolvimento de software, pensamento acadêmico, pesquisa científica e inovação no Brasil.
Graças ao sucesso de empresas que se estabeleceram aqui, a região continua a atrair empreendedores, investidores, estudantes e profissionais, possibilitando que a efervescência local se prolongue.
Olhar para o passado da cidade mostra o quanto o investimento público em ciência foi essencial para o desenvolvimento da região. Afinal, a constituição da Unicamp foi central para a criação da uma base intelectual e profissional sem a qual esse ciclo de desenvolvimento dificilmente seria possível.
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